21 de nov. de 2010

Ta no ENART ta no MUNDO!!

Ta no ENART ta no "mundo", essa foi a frase utilizada por Rogério Bastos, Elomir Malta e demais responsáveis por levar as imagens da TV ENART até os nossos ranchos.

Bueno, como nos anos anteriores eu já estava de malas prontas para partir rumo a Santa Cruz, eu (Paraná) e meu amigo Douglas Neves (Uruguaiana), declamador classificado para a fase final deste ano, porém, um contra tempo nos tirou o brilho dos olhos e nosso ENART não seria o mesmo, na verdade seria uma porcaria.

Mas que tristeza que eu estava, dos males o menor é verdade, mas deixar de ir pra 1 ENART já é coisa bastante, só sabe quem acampa todo ano naquele parque e mal e mal dorme durante uns 3 dias.

Então chegou o dia, sexta-feira dia 19 de novembro, eram umas 18:00, resolvi acessar a tal TV ENART, logo me cobri de tristeza, indignação, oras, ano passado eu estava lá e ainda estava sentado naquela mesa de abertura...

Foi bem assim, pelo MSN comecei a conversar com meu amigo e assistir um e outro e depois mais outro grupo de danças e ver que não estava tudo perdido..

Sábado acompanhei todas as declamações e alguns interpretes, chula e conversando adentramos a madrugada, eram mais de 3 horas da manhã quando acabaram as declamações e o sono bateu...

Domingo (hoje), pouco depois das 9:00 já estava de olho nas declamações, e que coisa mais linda, ô gurizada buena, que nível tchê.. Mais um pouco de danças tradicionais, belas entradas e saídas e o presente aos olhos dos espectadores e melhor ainda, visto de um ângulo inédito, que maravilha essa integração, muito capricho..

Agora são passadas 20:00, ou 8 da noite mesmo, os resultados estão sendo anunciados e as expectativas são grandes, não somente nos corações dos competidores, dos artistas e também não somente aos olhos do público que lota as arquibancadas do ginásio principal, mas sim aos olhos do mundo...

Ta no ENART ta no 'mundo', não é uma simples frase, hoje fazer parte do ENART não é reservado aos que podem estar no RS, não é só para quem pode acampar em Santa Cruz, hoje e a cada edição o ENART faz parte de uma programação disponível ao mundo, e ainda tem quem diga que essa tal de Internet é ruim...

Tchê, acompanhar o festival deste ângulo foi uma baita experiência, coisa que não tinha visto em anos de parque, pude assistir na integra e ainda sem cansar tanto.. comi bem menos do que se estivesse no parque.. dormi menos talvez, mas aproveitei bastante..

Claro, não existe melhor sensação que estar com os amigos, que vivenciar a magia de mais um ENART em Santa Cruz.

19 de nov. de 2010

25 Anos de ENART


Bodas de Prata para o nosso querido ENART.

Neste ano de 2010, quando se completa o 25º aniversário deste grande festival o "MUNDO" inteiro poderá acompanhar o desenvolvimento das apresentações artísticas.

Se você é um apaixonado(a) pelo ENART e assim como eu por um motivo ou outro não pode ir até Santa Cruz este ano, então fique ligado na TV ENART.

Acesse o site: http://www.enart.org/ e confira todos os momentos do evento ao vivo.

30 de out. de 2010

Ditados Gaúchos

* Quieto no canto como guri cagado
* Mais ligado que rádio de preso
* Mais curto que coice de porco
* Firme que nem prego em polenta
* Mais nojento que mocotó de ontem
* Saracoteando mais que bolacha em boca de véia
* Solto que nem peido em bombacha
* Mais curto que estribo de anão
* Mais pesado que sono de surdo
* Calmo que nem água de poço
* Mais amontoado que uva em cacho
* Mais perdido que cego em tiroteio
* Mais perdido que cachorro em dia de mudança
* Mais perdido do que cusco em procissão
* Mais faceiro que guri de bombacha nova
* Mais assustado que véia em canoa
* Mais angustiado que barata de ponta-cabeça
* Mais por fora que quarto de empregada
* Mais por fora que surdo em bingo
* Mais sofrido que joelho de freira em semana Santa
* Feliz que nem lambari de sanga
* Mais ansioso que anão em comício
* Mais apertado que bombacha de fresco
* Mais apressado que cavalo de carteiro
* Mais arisca do que china que não quer dar
* Mais atirado que alpargata em cancha de bocha
* Mais baixo que vôo de marreca choca
* Mais bonita que laranja de amostra
* De boca aberta que nem burro que comeu urtiga
* Mais chato que gilete caída em chão de banheiro
* Mais caro que argentina nova na zona
* Mais cheio que corvo em carniça de vaca atolada
* Mais constrangido que padre em puteiro
* Mais conhecido que parteira de campanha
* Mais comprido que puteada de gago
* Mais comprido que cuspe de bêbado
* Mais coxuda que leitoa em engorde
* Devagarzito como enterro de viúva rica
* Mais difícil que nadar de poncho
* Mais duro que salame de colônia
* Mais encolhido que tripa na brasa
* Extraviado que nem chinelo de bêbado
* Mais faceiro que mosca em tampa de xarope
* Mais faceiro que ganso novo em taipa de açude
* Mais faceiro que pica-pau em tronqueira
* Mais feliz que puta em dia de pagamento de quartel
* Mais feio que briga de foice no escuro
* Mais feio que sapato de padre
* Mais feio que paraguaio baleado
* Mais feio que indigestão de torresmo
* Mais firme que palanque em banhado
* Mais por fora que cotovelo de caminhoneiro
* Mais gasto que fundilho de tropeiro
* Mais gostoso que beijo de prima
* Mais grosso que dedo destroncado
* Mais grosso que rolha de poço
* Mais grosso que parafuso de patrola
* Mais informado que gerente de funerária
* Mais medroso que cascudo atravessando galinheiro
* Mais nervoso que potro com mosca no ouvido
* Quente que nem frigideira sem cabo
* Mais sério que defunto
* Mais sujo que pau de galinheiro
* Tranqüilo que nem cozinheiro de hospício
* Tranqüilo que nem água de poço
* Bobagem é espirrar na farofa
* Mais gorduroso que telefone de açougueiro
* Mais perdido que cebola em salada de frutas
* Mais feliz que gordo de camiseta
* Mais chato que chinelo de gordo

Fonte: Não Identificada

Receitas Campeiras

ROUPA VELHA

• Tempo de preparo: 1 hora
• Ingredientes l/2 kg de charque 2 colheres de sopa de
óleo 1 cebola média picada 1/2 xícara de farinha de
mandioca tempero verde à vontade manjerona 2 dentes
de alho sal e pimenta a gosto
• Modo de preparar Carne ou charque (se for charque,
deve-se tirar bem o sal). Corte em pedaços, coloque óleo
em uma panela média e acrescente todos os temperos
picados. Refogue-os até que desman chem. Retire do
fogo, coloque a panela em cima de um lugar firme e
com o socador de feijão, ou no pilão, acrescente a
farinha de mandioca e bata com a mão de pilão até
desfiar toda a carne. Depois de fria, conserve em lugar
fresco. Dura mais ou menos 10 dias. Serve de aperitivo,
com café ou chimarrão, ou para a guarnição de pratos
variados.

COLA GAITA

• Para 5 pessoas
• Ingredientes 1/2kg de espinhado de ovelha 1 kg de
aipim 2 cebolas 4 dentes de alho 2 xícaras de farinha
de mandioca 2 pimentas verdes Farinha de mandioca
• Modo de preparar Fritar as chuletas do espinhaço já
salgadas. Picar bem as cebolas e o alho e colocar para
fritar junto ao espinhaço. Se o aipim for muito duro,
cozinhar à parte. Cortar o aipim em pedaços médios e
juntar ao resto, colocando 2 dedos de água quente e a
pimenta picada. Corrigir o sal. Quando o aipim estiver
cozido, colocar mais um pouco de água e ir mexendo
devagar, quando for colocando a farinha de mandioca,
até ficar num ponto médio de pirão.

ESPINHAÇO ENSOPADO COM BATATA

• Para 5 pessoas
• Ingredientes 1 1/2kg de espinhaço de ovelha 1 kg de
batata inglesa 2 cebolas 4 dentes de alho 4 tomates 1
pimenta verde folhas de manjerona
• Modo de preparar Salgar as chuletas do espinhaço e
colocar a fritar. Picar bem a cebola, o alho, os tomates
e a pimenta e juntar às chuletas, depois de bem fritas.
Quando estiver no ponto, colocar as batatas cortadas ao
meio e pôr 2 dedos de água quente. Corrigir o sal,
deixando meio salgadinho (a batata retira muito).

Paixão - Patrono da 56ª Feira do Livro de POA

Foi em clima de muita emoção que ocorreu a abertura da 56ª Feira do Livro de Porto Alegre. Em um discurso comovido, o patrono Paixão Côrtes fez o elogio da cultura como elemento plural de integração e diálogo.


— A Cultura é orelhana. Não tem cor de pêlo, nem sinal —definiu, utilizando o linguajar campeiro que foi a tônica de seu dircurso.


O patrono da feira anterior, Carlos Urbim, recuperou em sua fala parte da história familiar de Paixão Côrtes — ambos são nascidos em Santana do Livramento e tem laços de parentesco por parte dos "Ávila do Cerro Chato" como nomeou Urbim.


Ao fim da solenidade, o Patrono e o xerife Júlio La Porta percorreram a praça alternando entre os sons da tradicional sineta de La Porta e uma matraca de madeira brandida por Paixão (o instrumento é tradicional nas festas campeiras do Interior).

17 de out. de 2010

Semana de Aniversário do CTG Glaucus Saraiva

Semana de Aniversário do CTG Glaucus Saraiva

Segunda-feira ,18 de outubro, às 19h30
Abertura das Comemorações pelo Primeiro Patrão Sr. Antocheves
Roda de Chimarrão
Tertúlia Livre com a participação das entidades co-irmãs ( Informações e inscrições com Sra. Simone tel.84721717)

Terça-feira , 19 de outubro , às 20hs
Projeto CTG Núcleo de Fortalecimento Resgate
Evento das Prendas Juvenis Informações 1ª Prenda Juvenil Nicole

Quinta-feira , 21 de outubro, às 20hs
Torneio Aberto de Truco Informações e Inscrições : Sr Pantaleão 98614540

Sexta-feira , 22 de outubro, às 21hs
Encerramento das comemorações
Baile de Aniversário Show Telmo de Lima Freitas
Apresentação das Invernadas Artísticas.

Informações com Patrão Fragoso 98956906Convites: Sr Iltair 32761286

9 de out. de 2010

Lauro Rodrigues

O texto a seguir é de autoria de Paulo Monteiro, sabido do grande volume de palavras e informações que nele contêm eu indico aos amigos(as) que gostam de poesia e cultura que dediquem alguns minutos e o leiam por inteiro.

História
Lauro Rodrigues: pioneiro do MTG contemporâneo

Enquanto a poesia gauchesca uruguaio-argentina é uma transformação da antiga poesia payadoresca oral em obra literária escrita, de conteúdo militar e militante, durante as guerras da independência daqueles países, a gauchesca brasileira, bastante posterior, é uma criação do romantismo. Daí a marca dos clássicos românticos, que fazem parte do cânone literário “culto” sobre os poetas populares sul-rio-grandenses.
Sobre o produtor e apresentador de “Campereadas”, pesam outras duas influências. A primeira delas é dos gauchescos platinos. Não é à toa que ele se refere ao El Viejo Pancho, pseudônimo do espanhol José Alonso y Trelles (1857-1924), que residiu muitos anos no Uruguai, tendo escrito um pequeno volume que foi lido avidamente por uruguaios, brasileiros e argentinos; Paya Brava. A tapera, o umbu, o quero-quero temas explorados pelo El Viejo Pancho, dão título a poemas enfeixados em Minuano. A segunda influência é dos poetas populares sertanejos e do Nordeste brasileiro, máxime Catulo da Paixão Cearense.
Não é à toa que o autor de O Luar do Sertão oferece o seu “cajado” ao poeta de Santo Amaro. “Mulata” e “cabocla”, dois termos para definir tipos femininos, produtos da miscigenação com o europeu, não são muito frequentes entre os gauchescos brasileiros. Para “cabocla” as expressões correspondentes são “china”, “chininha” e “chinoca”, procedentes do português “chim”, mais comum do que o atual “chinês”. Todo aquele indivíduo com olhos amendoados ou meio rasgados era um “chim”. “China”, como hoje chamamos comumente à mulher morena de “negra” e a mulher clara de “gringa” ou “alemoa”, era a forma carinhosa com que o gaúcho se referia à sua índia ou cabocla. Cabocla é o correspondente para os poetas de outros estados à china dos gauchescos.
“Filha do pago”, que consta entre as páginas 42 e 46 de Minuano transpira a poesia sertaneja de Catulo, sem o peso dos regionalismos nordestinos, que encontra correspondência entre alguns poetas rio-grandenses, lançando toneladas de expressões regionais sobre seus poemas. “Cabocla”, que faz parte de Invernada Vazia, é, também, outro poema com idêntica transpiração.
O próprio vocabulário de Lauro Rodrigues contribui para que ele seja diferente dos poetas gauchescos posteriores. Não introduz à força os regionalismos. Emprega sanfona e gaita em lugar de cordeona. Essa moderação vocabular também auxiliou na repercussão dos seus poemas. Os gauchismos, nele, são espontâneos e naturais, numa linguagem confessional, como se abrisse sua alma (psique), sua vida aos leitores.
Outro tema presente na poesia popular, além fronteiras do Rio Grande do Sul, é o da tragédia amorosa provocada pela morte precoce da mulher amada, seja esposa, amante ou namorada. Encontramo-lo nos poemas de Lauro Rodrigues. Dois deles ficaram muito conhecidos: “Sinhá Maria”, de “Minuano”, e “Historieta”, de Invernada Vazia. No primeiro é a jovem namorada que falece; no segundo, é a jovem esposa.
Falei antes em “El Viejo Pancho”. Lauro Rodrigues dedica-lhe todo um poema de Senzala Branca, onde se refere ao Martín Fierro, a grande obra do argentino José Hernández.
Em 1948, passada a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos impunham ao mundo seu dólar e sua cultura. A rebeldia quixotesca dos jovens estudantes do Colégio Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, que culminaria no atual MTG, era uma espécie de contracultura. Em 1957, quando do lançamento do quarto livro do poeta de Santo Amaro, as orquestras americanas eram uma moda avassaladora e rock and roll começava a aparecer. “Um silêncio domina tudo”, e nesse ambiente, “Viejo Pancho, crioulo de outras plagas”, representa “a voz da acordeona – alma campeira! – em contra-ponto à musica estrangeira”. Foi um grito contra a desnacionalização da cultura.
Os nove anos do Movimento Tradicionalista Gaúcho preocupavam o vanguardeiro desse movimento. Os Centros de Tradições Gaúchas espalhavam-se Rio Grande afora. Invernadas campeiras, conservando as práticas laborais dos homens do campo, e invernadas de danças, difundindo as danças típicas do estado, faziam sucesso. Costureiras, modistas e alfaiates fabricavam pilchas (roupas típicas) para homens e mulheres. Discos, livros e cursos difundiam o tradicionalismo. Cursos de danças eram ministrados a peso de dinheiro, “novas danças” eram incorporadas aos repertórios das “invernadas artísticas” dos CTGs…
Como Karl Marx costumava repetir no século XIX, o capitalismo transforma tudo em mercadoria. O gauchismo também virou mercadoria. Contra essa “indústria cultural” levantou-se Lauro Rodrigues, velho leitor de Manuel Maria Barbosa du Bocage. O trocadilho sobre o incêndio dos “panos de trinta e cinco” tanto pode se referir à “Revolução de 35” quanto ao “35 CTG”…
Quando verificamos que, dois anos antes da primeira edição de Senzala Branca, Paixão Côrtes e Barbosa Lessa publicaram Suplemento Musical do Manual de Danças Gaúchas e um ano antes (1956), davam a lume a primeira edição do próprio Manual de danças gaúchas, entendemos o endereço da sátira de Lauro Rodrigues.

Pelegueando

Bueno amigo, acabou-se
o pampa de antigamente!
E por me achar descontente
com o tranco que a vida leva,
aparto um verso maleva
como piá de bodega
e saio muito xobrega
a provocar arruaça,
em meio dessa chalaça
que chamam de tradição…
Venho do fundo do tempo
das bocas que se arrolharam,
quando, sem mais, incendiaram
os panos de “trinta e cinco”,
por isso acho engraçado
olhar os tauras de agora
vestindo bombacha e espora
como mocinha de brinco…
Mas não lhes tiro a valia
pois sempre tem serventia
o rabo, a guampa e o casco,
com que se atiça o braseiro,
traz água para o saleiro
e se borrifa o churrasco…
Lamento que se embicando
p’ra os rumos da pacholice,
por vaidade ou gabolice,
a tradição degenere,
pois, no fervor da arruaça,
vai o pago de raça
viçando p’ras intempéries…
As cantigas do passado
têm novos donos que eu sei…
E os índios enquadrilhados,
num jeito louvaminheiro,
vão repontando mentiras,
como senhores da grei…
Mascates de antigas glórias,
mercadejando as histórias
que o pampa guardou p’ra si,
vão, na ganância do gesto,
passando cincha e cabresto
na altiva Piratini…
São frades sem catecismo,
profetas de um neologismo
na algaravia do drama;
bastardos de uma epopéia
lembram Simão da Judéia
são divindades de lama…
Franciscanos da cultura
sobem do chão para a altura
como os abutres odientos
que singrando as amplidões
vão digerir podridões
nos torvos papos nojentos…
Velha estirpe legendária
que a negra mão mercenária
fantasiou na ribalta,
no garimpo dos “guichets”
e não entendo os “por quês”
da exaltação dessa malta…
E nessa subservência
vai rastejando a querência
de forma tão deprimente
que obriga o estro do vate
a provocar um combate
de protesto permanente…
Em meio aos dias sombrios,
enxovalhada nos brios,
por bailarinos plagiários,
eu creio que a alma pampeana
há de se erguer soberana
ao som de rubras hosanas
p’ra o teto de um relicário!
Se a história é cousa divina
não pode a mão assassina
lhe mutilar a grandeza,
por isso eu entro na liça
pedindo ao Tempo, justiça;
ao Júri, o dom da franqueza…

Em Sensala branca a influência de Castro Alves é marcante, a começar pelo poema que abre o volume. As referências bíblicas, as apóstrofes, todas as figuras de retórica e linguagem características do grande condoreiro baiano. O próprio título é uma referência ao “Poeta dos Escravos”. Lauro Rodrigues pretende a si mesmo exorcizar em versos a “senzala branca”, a escravidão do salariato.
Esse estilo condoreiro continuará em sua última obra editada A Canção das águas prisioneiras, como no poema “A canção do tempo que não virá”. Criação artificial, o tradicionalismo gaúcho, pouco a pouco foi sobrepondo o caricatural ao histórico. E as coisas não poderiam transcorrer de maneira diferente. Cada vez mais a população sul-rio-grandense urbanizou-se. As bases rurais do gauchismo foram abandonadas. O romantismo de gaúchos como Lauro Rodrigues foi perdendo lugar para a pantomima a que se prestam poemas que falam de tiros, facadas e mulheres raptadas, temas esses que se prestam melhor às apresentações circenses nos concursos de declamação.
Os declamadores mambembes, crescidos longe da realidade rural, não encontram dramaticidade num poema, como o intitulado “Tupan”, em que é cantado o amor de um homem por seu cachorro perdigueiro.

Paulo Monteiro, ex-presidente da Academia Passo-Fundense de Letras e membro do Instituto Histórico de Passo Fundo

CAVALGADA DE BÊNÇÃO E INTEGRAÇÃO HOMEM - FÉ - TRADIÇÃO‏



Os Cavaleiros do Mercosul e Sétima Região Tradicionalista juntamente com CTGs, Quadros de Laçadores, Piquetes e Departamentos Tradicionalistas de Passo Fundo, motociclistas, taxistas e Região, convidam para grande celebração em Honra e Glória a

NOSSA SENHORA APARECIDA

CAVALGADA DE BÊNÇÃO E INTEGRAÇÃO

HOMEM - FÉ - TRADIÇÃO

A realizar-se neste próximo dia 12 de Outubro de 2010, TERÇA-FEIRA com a seguinte programação:

07:30 horas Concentração na Gare
08:00 horas Benção em frente a Catedral
10:20 horas Chegada no Santuário de Nossa Senhora Aparecida
12:00 horas Almoço no Santuário
Cavalgada aberta, organização dos cavalarianos (cavalgada pela Avenida) coordenada pelos Cavaleiros do Mercosul.
Os organizadores esclarecem que qualquer pessoa pode acompanhar a cavalgada. Menores a cavalo deverão estar aompanhados por um responsável.

A procissão reune 150.000 romeiros e a segunda em número de fiéis, ficando atras somente do romaria de Aparecida do Norte-SP, em devoção a Nossa Sra Aparecida.

Telef. p/ informações
Carlos Menegol - Comandante - 99745164
Renato Strieder - Secretário - 96278845

7 de out. de 2010

Noel Guarany - 12 anos de sua morte

NOEL GUARANY - NOEL BORGES DO CANTO FABRICIO DA SILVA


Noel Borges do Canto Fabrício da Silva, o Noel Guarany, nasceu no dia 26 de dezembro de 1941, em Bossoroca, então distrito de São Luiz Gonzaga, na região das missões no Rio Grande do Sul e viveu até a adolecência, além de sua terra natal, em Garruchos e São Luiz Gonzaga (Bossoroca emancipou-se em 12/10/1965).
Filho de João Maria Fabrício da Silva e Antoninha Borges do Canto, sua descendência paterna era ligada a José Fabrício da Silva, italiano, que veio de São Paulo e recebeu uma sesmaria de campo na região de Bossoroca, onde se estabeleceu em 1823. Pelo lado materno, descende de Francisco Borges do Canto, irmão de José Borges do Canto, que recebeu várias quadras da sesmaria na região das missões. Francisco nasceu em 1782 e foi estancieiro em São Borja. Os Borges do Canto tiveram grande influência e importância na formação das fronteiras do Rio Grande do Sul, inclusive, José Borges do Canto participou da conquista dos sete povos das missões gaúchas, cuja rendição dos espanhóis ocorreu em 13 de agosto de 1801, capitulação essa endossada por Canto.
Noel, em 1956, com quinze anos de idade, aprendeu tocar sozinho seu primeiro instrumento, um violão com apenas três cordas, depois acordeon. Somente mais tarde passou a usar o violão que se transformaria em seu companheiro inseparável, instrumento com o qual desenvolveu uma técnica própria de tocar.
Em 1960 emigrou para a Argentina, onde trabalhou como tarefeiro de erva-mate, lenhador e balseiro. Esteve em Buenos Aires , depois foi para o Uruguai, Paraguai e Bolívia, lugares onde conviveu com muitos músicos, aperfeiçoou sua arte de tocar violão e aprendeu muito sobre a cultura musical desses países.
Entre 1960 e 1968, peregrinou por todos os países do Prata e por estâncias do Rio Grande do Sul tocando, cantando e aprofundando seu conhecimento sobre a cultura regional. Nessa época gravou um compacto simples, com as músicas "Romance do Pala Velho" e "Filosofia de Gaudério", acompanhado pelo cantor, compositor e músico missioneiro Cenair Maicá, com o qual se apresentava em festivais na Argentina.
Em 1971 Noel gravou seu primeiro LP, "Legendas Missioneiras", que teve como parceiros os gaúchos Jaime Caetano Braum, Glênio Fagundes e Aureliano de Figueiredo Pinto. Nesse ano e no ano seguinte viajou por vários estados fazendo apresentações e divulgando o disco.
Em 1972 casou com Neidi da Silva Machado, missioneira de São Luiz Gonzaga e passou a residir em Porto Alegre , para ficar mais próximo dos meios de divulgação.
Em 1973 gravou o segundo LP, "Destino Missioneiro", e continuou viajando, pesquisando e divulgando a música missioneira.
Em 1975 gravou o LP "Sem Fronteira" e participou da gravação dos discos Música Popular do Sul - volumes 2 e 4, produzido por Marcus Pereira Discos, em São Paulo. Nesse ano também criou em Tramandai, na Avenida Beira Mar, a Penha Guarany, um espaço onde se reuniram expressivos nomes do folclore gaúcho.
Em 1976 gravou o LP independente, com Jaime Caetano Braum, "Payador, Pampa e Guitarra", lançado simultaneamente no Brasil e na Argentina, com participação especial de Raul Barboza e Palermo. Nesse ano iniciou um programa na Rádio Guaíba de Porto Alegre e participou do programa Brasil Grande do Sul, com Jaime Caetano Braum e Flávio Alcaraz Gomes, depois passou para a Rádio Gaúcha, onde produziu e apresentou o programa Tradição e Folclore.
Em 1977 foi relançado o LP "Legendas Missioneiras", com o título de "Canto da Fronteira", mais tarde lançado também em CD. Nesse ano Noel realizou um espetáculo na Assembléia Legislativa para divulgar o LP "Payador, Pampa e Guitarra", com participação de Raulito Barboza, Palermo e Argentino Luna.
Em 1978 lançou o LP "Noel Guarany Canta Aureliano de Figueiredo Pinto", que marcou época no Rio Grande do Sul, pois resgatou a obra e memória de um dos maiores poetas do regionalismo gaúcho. Esse disco também foi posteriormente lançado em CD.
Em 1979 gravou o LP "De Pulperia", com músicas de Atahualpa Yupanqui, Anibal Sampayo e Mario Milan Medina, reforçando a intenção de promover a integração com a cultura platina.
Em 1980 gravou o LP "Alma, Garra e Melodia", iniciando a parceria com João Sampaio da Silva, que geraria importantes obras e uma grande amizade. Nessa época começou a se manifestar a doença que iria progressivamente lhe tirar todos os movimentos e condená-lo a um calvário (ataxia cerebral degenerativa), que se arrastou por muitos anos, fazendo com que esquecesse as letras das músicas, o que o deixava mais inquieto e amargo. Percebendo que algo de anormal estava lhe acontecendo, passou a beber com mais freqüência.
Em 1982 lançou o LP "Para o Que Olha Sem Ver", título escolhido em homenagem a Atahualpa Yupanqui, autor da música com o mesmo nome, que foi interpretada pelo Noel no disco. De João Sampaio gravou quatro músicas, consolidando a parceria.
Em 1983 quando morava em Itaqui, escreveu uma carta aberta para a imprensa, expressando o seu descontentamento com o descaso dos órgãos públicos para com a classe dos artistas que gravavam discos. Finalizou a carta dizendo que pararia de cantar até que as autoridades tomassem providências a respeito do assunto.
Em 1984 fixou residência em Santa Maria , local onde morou até o dia de sua morte. Nessa cidade fez contrato com uma produtora para realizar uma série de espetáculos na região centro do Estado. Também foi nesse ano que a gravadora RGE lançou o LP "O Melhor de Noel Guarany" e que foi reeditado o LP "Payador, Pampa e Guitarra".
Em 1985 se retirou dos palcos, atitude coerente com o que afirmara na carta aberta que divulgou para a imprensa em 1983.
Em 1988 gravou com Jorge Guedes e João Máximo, parceiros de São Luiz Gonzaga, o LP "A Volta do Missioneiro". Nesse ano também gravou com Jaime Caetano Braum, Pedro Ortaça e Cenair Maicá o LP "Troncos Missioneiros". Nesse disco já se pode notar que a doença estava afetando o seu registro vocal, pois o vigor e a clareza de outros tempos já não era os mesmos. Nesse ano foi relançado o LP "De Pulperias".
Nos anos seguintes Noel permaneceu recolhido em seu auto exílio, em Santa Maria. A imprensa de todo o Estado, os colegas artistas e os amigos questionavam a ausência do ídolo missioneiro. Sua vida seguia uma via-crucis, com a doença que cada vez mais se acentuava e que aos poucos lhe tirava toda a atividade motora.
No dia 6 de outubro de 1998, com 56 anos de idade, Noel Guarany faleceu na Casa de Saúde de Santa Maria. Seu corpo transladado para o município de Bossoroca, sua terra natal, onde hoje repousa em um mousoléu especialmente construído para abrigar os restos mortais de seu filho mais popular, que morreu autêntico como sempre viveu.

42ª Festa Campeira, Artística e Cultural de Guaíba no C.T.G. Gomes Jardim

O convite esta feito meus amigos e amigas, venham para essa grande festa do CTG Gomes Jardim. De 07 a 10 de outubro, no berço da nossa República. Guaíba te espera de braços abertos.
Confira a programação:

09 de outubro (sábado)

- 09:30 - Concurso de "Mais Prendada Prenda e Peão Farroupilha", Mirim Juvenil e Adulto;
- 10:00 - "Declamação", Prenda e Peão, Mirim Juvenil e Adulto;
- 14:00 - "Interprete Vogal", Prenda e Peão, Mirim Juvenil e Adulto;
- 16:00 - "Dança de Par", Mirim Juvenil e Adulto;
- 18:30 - "Dança de Salão", Mirim Juvenil e Adulto.

10 de outubro (domingo)

- 09:30 - Início do Concurso de Invernadas.
- Logo após ao término terá a solenidade de entrega das premiações.
Premiações:

- Faixas e crachás, para o concurso de "Maiprendada Prenda e Peão Farroupilha";
- Troféus para as individuais;
- Invernadas:
- 1° Lugar Mirim= R$300,00 + Troféu;
- 2° Lugar Mirim= R$200,00 + Troféu;
- 3° Lugar Mirim= R$100,00 + Troféu;
- 1° Lugar Juvenil= R$500,00 + Troféu;
- 2° Lugar Juvenil= R$300,00 + Troféu;
- 3° Lugar Juvenil= R$150,00 + Troféu;
- 1° Lugar Adulta= R$700,00 + Troféu;
- 2° Lugar Adulta= R$300,00 + Troféu;
- 3° Lugar Adults= R$200,00 + Troféu.

- Melhor Entrada/Saída:
- Mirim= 1 Troféu;
- Juvenil= 1 Troféu;
- Adulta= 1 Troféu;
- Melhor Torcida= 1 Troféu;
- Melhor Acampamento= 1 Troféu;
- Maior n° de Participantes= R$200,00 + 1 Troféu.

Inscrições e Informações:
-(51) 980-988-66 (51) 970-140-30
Ou pelo Site:
Informaçoes sobre a "Campeira":
- (51) 998-344-55 (51) 998-188-49
- Rua Santa Maria.
- N°: 2050. - Guaíba/RS.
- C.E.P.: 92500-000
- Fone: (51) 3480-44-70.
-E-MAIL: ctggomes@yahoo.com.br
Lema do C.T.G. Gomes Jardim: "Votando um amor supremo, ao Rio Grande, antes de tudo"!!!

1 de out. de 2010

Velhas lembranças nos retratos

Família Flores - década de 1930 - em uma caçada em São Pedro do Sul.


Mas é como se meus

Olhos enxergassem novamente..

Perfis medievais,

que terceavam embates
pelas arenas das mangueiras
e pelados de rodeio...
Que emolduravam-se pelos quadros das porteiras,
com florões de estampa...
...Não povoam mais do que
pálidos e arcaicos retratos,
prisioneiros das paredes...
condenados pelo esquecimento...

... Os cernes perenes de cada esteio,
são mudas testemunhas a vigiar
almas que vagueiam pelo ermo em forma de pó,
a transcender as frinchas
de onde o sol espia com olhar ruano
de ascender o dia...
...As pedras grandes de assoalho,
ainda guardam marcas de cascos,
riscos de cornaços e máculas de sangue
d’alguma sutura barbaresca
feita por instintivas mãos campechanas...

Mas resta uma pergunta que não cala...
Pra onde foram???

Glaucus Saraiva - Biografia

Glaucus Saraiva (de óculos) numa reunião do MTG em Cruz Alta.

Glaucus Saraiva da Fonseca nasceu em São Jerônimo, em 24 de dezembro de 1921, e morreu em Porto Alegre, num 17 de julho de 1983, Glaucus Saraiva, também conhecido como Glauco Saraiva, foi um poeta crioulo, tradicionalista, folclorista, historiador, professor, pesquisador, escritor, conferencista, músico, e compositor. É personagem importante do tradicionalismo gaúcho.

Era filho de Álvaro Saraiva da Fonseca e Maria Luiza Saraiva da Fonseca, o filho mais novo de uma família tradicional gaúcha. Teve 07 (sete) irmãos: Agamenon Saraiva da Fonseca, Demóstenes Saraiva da Fonseca, Marcos Vinicius Saraiva da Fonseca, Petronius Saraiva da Fonseca, Ligia Saraiva da Fonseca, Semíramis Saraiva da Fonseca, Semita Saraiva da Fonseca. Deixou uma filha: Maria Luiza Saraiva Soares.

Foi sócio fundador da Estância da Poesia Crioula e do 35 Centro de Tradições Gaúchas, do qual foi o primeiro patrão. Idealizou e tornou realidade o IGTF - Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, órgão vinculado a Secretária de Estado da Cultura, instituído pelo Decreto n.º 23.613, de 27 de dezembro de 1974, tendo sido seu primeiro diretor técnico, e o Parque Histórico General Bento Gonçalves da Silva, na Estância do Cristal, em Camaquã, e o Galpão Crioulo do Palácio Pirati, que pelo Decreto Estadual nº 31.204, de 1º de agosto de 1983, passou a chamar-se Galpão Gaúcho Glaucus Saraiva

Foi professor de folclore do curso de Pós-Graduação da Faculdade de Música Palestrina, professor no Curso de Extensão Universitária da PUC (Folclore na Educação) e no SENAC (Culinária Gauchesca e Usos e Costumes do Sul), e conferencista internacional sobre folclore. Presidiu três congressos tradicionalistas: em Santa Vitória do Palmar (1973), Pelotas (1975) e Passo Fundo (1977). Desenvolveu, também, profunda pesquisa sobre os brinquedos tradicionais das crianças gaúchas, promovendo exposições e publicações a este respeito. Formulou a Carta de Princípios do MTG - Movimento Tradicionalista Gaúcho, o mais importante documento para a fixação da ideologia e dos compromissos tradicionalistas, aprovada no 8º Congresso Tradicionalista, em julho de 1961 em Taquara - RS. Autor da nomenclatura simbólica do tradicionalismo.

Publicou ainda os ensaios “Manual do Tradicionalista” e “Catálogo da Mostra de Folclore Juvenil”. Foi vocalista dos conjuntos “Os Gaudérios” e “Quitandinha Serenaders” entre 1950 e 1955, além de atuar na Rádio Farroupilha e Rádio Nacional do Rio de Janeiro, de 1948 a 1955. Mas sua ligação com a música foi ainda mais profunda: Cigarro de Palha, Porongo Velho, Tropereada, O Rum é a Gente que Abre, Casa Grande de Estância (com Luiz Telles), entre outras. Seu poema mais conhecido é chimarrão.

Alegrete - III Capital Farroupilha

No dia 15 de julho do ano de 1842 os farroupilhas instalam sua capital em Alegrete.
Alegrete, 100 anos após ser capital farroupilha - foto Stop

Todo alegretense sabe que Alegrete foi Capital Farroupilha. Resgatar algumas passagens deste período é a modesta intenção deste breve texto. Aqui em Alegrete, além de concentrar os órgãos e pessoal do governo revolucionário, ocorreram fatos importantes no destino da Revolução,como a prisão do Presidente da Província, a Primeira Assembléia Constituinte Republicana do Brasil e a morte do vice-presidente da República Rio-Grandense, entre outros.

Quando estourou o movimento armado dos liberais gaúchos, em 20 de setembro de 1835,fazia um ano que Alegrete havia tornado-se independente politicamente, com status de Vila. A câmara de Alegrete, por sua vez, não aderiu ao movimento. A República Rio-Grandense foi proclamada por Antônio de Souza Neto no dia 11 de setembro de 1836. A Câmara Municipal de Alegrete aderiu a causa farroupilha em sessão legislativa, do dia 26 de junho de 1837.

Em julho de 1842, os farroupilhas resolveram mudar a Capital da República para a vila de Alegrete. Uma leva de carretas bem equipadas conduziram armamentos, munição, material de escritório, documentos, tipografia e jornais, além dos contingentes militares que mantinha a segurança do Palácio do Governo. Em Alegrete permaneceu a capital até junho de 1843.

Alegrete: Capital da República Rio-Grandense.
Por Anderson Romário Pereira Corrêa.
Texto publicado no Jornal Diário de Alegrete; Ano IX;
Nº 1486; 17 e 18 de setembro de 2005; p.06.

24 de set. de 2010

Receitas Campeiras

ARROZ DE CARRETEIRO

• Ingredientes: 1/2 kg de charque 1/2 kg de arroz 1
cebola 3 dentes de alho.
• A preparação: Aferventar o charque, trocando uma
vez a água. Se o charque for caseiro, basta deixar 5
horas de molho. Picar o charque em guisado médio e
colocar na panela para fritar. Se o charque for gordo,
colocar menos gordura. Esmagar o alho e picar
juntamente com a cebola. Quando o charque estiver
bem dourado, colocar a cebola e o alho picados para
fritarem. Juntar o arroz e deixá-lo fritando um pouco.
Colocar água fervendo até dois dedos acima do arroz.
Provar o sal e cozinhar em fogo baixo.

ARROZ A ESQUILADOR

• Ingredientes 1 kg de espinhaço ou costela de ovelha 1
xícara de arroz 1 colher de sal 1 raminho de
mangerona 1 dente de alho 2 colheres de óleo 1 cebola
1 colherinha de colorau (também chamado de
vermelhão) pimenta do reino pimenta vermelha
•Modo de preparar Lave o espinhaço, que já deve estar
cortado em pedaços pequenos. Amasse numa tábua o
sal, o alho e as pimentas, formando uma pasta.
Esfregue em toda a carne. Ponha o óleo numa panela a
esquentar e junte a carne. Tampe a panela e deixe
dourar um pouco, mexendo para não queimar. Quando
estiver dourada, junte a mangerona e, aos poucos, 1
1/2 xícara de água para que cozinhe a carne.
Dependendo da ovelha leva de 30 a 40 minutos, mais
ou menos. Depois de cozida a carne, refogue a cebola
picada. Frite o arroz, mexendo para não pegar, e
acrescente duas xícaras de água fervente. Mexa bem e
revise os temperos. Se quiser dar mais cor, acrescente o
colorau, ainda que a fritura de carne já dê um
dourado bonito. Deixe cozinhar por cinco minutos em
fogo forte e depois passe para fogo brando, até secar.
Querendo o arroz mais molhadinho, acrescente um
pouco de água e mexa de vez em quando. Ao lavar o
espinhaço é importante retirar um fio branco que está
junto ao osso, póis caso contrário fica um gosto
desagradável na carne.

3ª Interregional - Frederico Westphalen

Balaio Solidário!

Vem tchê... mostra o quanto tu és importante pra nossa causa!!!
Ajuda teus irmãos nessa peleia diária contra a fome e o minuano!
Doe agasalhos, cobertores, calçados, alimentos não perecíveis...
Procure nas Interregionais o Balaio e faça a sua doação!
Com esta iniciativa, fazes a marcha tradicionalista prosseguir!
O Rio Grande agradece!
Este é um projeto das Prendas e Peões do Rio Grande do Sul 2010/2011

PARTICIPEM!!

Mais informações: www.mtg.org.br/enart




22 de set. de 2010

Como era chamado Honório Lemes

HISTORIA DO RIO GRANDE DO SUL
Por Manoelito Carlos Savaris
TU SABIAS?

Tu sabias como era chamado Honório Lemes?

A ele é atribuída a frase: “Quero leis que governem homens e não homens que governem leis”. Honório Lemes da Silva nasceu no dia 23 de setembro de 1864 em Cachoeira do Sul. Foi criado no distrito de Barro Vermelho. Aos 12 anos foi morar em Rosário do Sul.


Cresceu ouvindo histórias sobre revoluções e citações de nomes como o de Gaspar Silveira Martins. De estatura mediana, tinha traços mestiços e fala estropiada. Foi tropeiro. Pai de cinco filhos, todos eles combatentes na Revolução de 1923, participou da Revolução federalista, iniciando como oficial subalterno na forca federalista de Manoel Machado, que o haveria de cognominar de “Leão do Caverá”, chegou a coronel.


Realizado o pleito eleitoral de 1922, Borges de Medeiros resultou reeleito Presidente do Estado, pela quinta vez, derrotando “os libertadores” – federalistas remanescentes e republicanos descontentes – formando a Aliança Libertadora comandada por Assis Brasil. Houve fraude eleitoral disseram os partidários de Assis Brasil. A luta armada eclodiu. Os lenços colorados – maragatos – contra os lenços brancos – chimangos (assim denominados os pica-paus, depois da divulgação do poemeto satírico de Ramiro Barcelos, “Antonio Chimango”).


Honório Lemes, maragato convicto, assumiu o comando das forcas rebeldes da Fronteira Sudoeste. Sua primeira ação, partindo da Serra do Caverá, foi invadir Alegrete, o que ocorreu no dia 23 de março de 1923.


De Alegrete, Honório Lemes avançou contra Uruguaiana com 2.000 rebeldes, mas depois de três dias de cerco (3 a 5 de abril de 23), tentando quebrar a resistência comandada pelo Intendente Flores da Cunha, o caudilho desistiu e retrocedeu para Alegrete. Pressionado pelas forcas governistas comandadas por Flores da Cunha, Osvaldo Aranha e do Cel. Claudino Nunes Pereira, o chefe maragato deixou Alegrete e se embrenhou nos labirintos da Serra do Caverá. Ocorreram vários pequenos combates nos dias que se seguiram.


O combate do rio Santa Maria Chico, marcou a morte do mas famoso dos degoladores de 93, conforme escreveu Flores da Cunha: “Entre os rebeldes mortos estava o Cel. Adão Latorre, uruguaio de nascimento e veterano federalista da campanha de 1893, em que se celebrizara tristemente pela degolas do Rio Negro. Apresentava aspectos de avançada idade.”


Depois de varios meses de escaramuças, inclusive com uma marcha até a região missioneira, Honório Lemes reúne-se com os demais comandantes revolucionários em Pedras Altas, município de Pinheiro Machado. Entre os maragatos reunidos para tratar da proposta de pacificação apresentada pelo Marechal Setembrino de Carvalho, enviado ao sul pelo Presidente da Republica, para tentar a pacificação, encontramos: General Menna Barreto, General Estácio Azambuja, General Zeca Neto, Dr. Assis Brasil, Pecuarista Ângelo Pinheiro Machado, General Leonel Rocha, General Felipe Portinho e Coronel Chiquinote Pereira.


Finalmente, no dia 14 de dezembro de 1923, no Castelo de Pedras Altas, residência de Assis Brasil, foi firmada a paz e lavrada uma ata que, a 17, recebia, em solenidade no palácio do governo, a assinatura de Borges de Medeiros.


Vamos encontrar Honório Lemes envolvido na Revolução de 1924, que deu origem à “Coluna Prestes” – movimento de abrangência nacional que pretendia depor o Presidente da Republica, Arthur Bernardes – na qual também se envolveu Zeca Neto. Essa revolta durou pouco e em dezembro de 1924, Honório e Zeca, cada um com pouco mais de 100 combatentes, imigraram para o Uruguai.


Em 1925 o caudilho Tentou nova revolução, mas sem apoio, seu intento durou somente 10 dias e lhe custou a prisão. Ficou preso até 1927, quando foi anistiado.


O “Leão do Caverá”, ou “Tropeiro da Liberdade”, ou “Raposa das Coxilhas”, codinomes pelo qual era conhecido, o lendário federalista Honório Lemes faleceu aos 66 anos de idade, pobre e humildemente, em seu rancho, nas terras da estância do Sr. Bernardino Domingues, em Rosário do Sul, a 30 de setembro de 1930.



Fonte: Pozzobon, Zola Franco. Como dizia Honório Lemos. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1997.

17 de set. de 2010

O gaúcho sem marcos e divisas


Este flagrante foi colhido em uma avenida de Buenos Aires. Notem que a vestimenta do rapaz é composta de chapéu, "palitó", gravata, bota e bombacha. É uma característica dos gaúchos de uma região da Argentina.

O gaúcho, nos tempos de agora, é um estado de espírito. Deixou de ser aquele personagem nascido na esfera geográfica do Rio Grande do Sul. Cruzou o rio Mampituba e todos os marcos de fronteiras, para espalhar seu tipo genuino no chão que passa a habitar.

Localização de alguns centros de tradições - Mundo a Fora:

C.C.G Bento Gonçalves - Los Angeles-California -EEUU -
Endereço: 4946 Meridian Street - 90042 - Los Angeles-California -EEUU - Telefones: 323 256-6548 259-9818 - URL: www.ranchogaucho.com - email: delazeri@ranchogaucho.com - Patrão / Patroa: Jatir Cosme Delazeri

CTG Recuerdos del Pago - Fundado em 20 de setembro de 2008
Endereço: Calle Olmo, 24-1B, Madrid 28012, - España
Patrão: David Renato Dominguez Carreta

CTG Brasil Tche - Bernadesville -
Endereço: 201, N> Finley - 07024 - Bernadesville - NJ - Telefones: 908 642-7695 - email: vshalit@hotmail.com - Patrão / Patroa: Valeria Shalit

CTG Deserto da Saudade
Israel

CTG INDIO JOSÉ - Santa Rita - Alto Paraná - Paraguai
Endereço: Ruta 6ta - Santa Rita - Alto Paraná - Paraguai

CTG Nova Querência - Fort Lauderdale, FL - EEUU
Endereço: 920 NW First St. 33308 - Fort Lauderdale, FL - EEUU - FL - Telefones: 954 296-3935 - URL: www.jornalgazeta.com - email: allbrazil@aol.com - Patrão / Patroa: Zigomar Voelva - Valeni Santos

CTG Pedro Álvares Cabral - Lisboa-Portugal
Endereço: Av. Visconde de Valmor 73 - 2a - 1050-239 - Lisboa-Portugal - Telefones: 351 96 589 150 - email: tuliomachado@clix.pt

CTG Querência do Norte - Mississaoga, ON L5N2G1 - Canadá
Endereço: 2690 Brasilia Circle - Mississaoga, ON L5N2G1 - Canadá - Telefones: 905 821-6811 - email: meddonto@yahoo.com Patrão / Patroa: Paulo Garcia

CTG Rancho Rio Grande - Perris
Endereço: 19906 Santa Rosa Mine Rd - 92570 - Perris - CA - Telefones: 951 940-0648 909 322-9 - email: isacjaideter@aol.com - Patrão / Patroa: Isac Ribeiro

CTG Saudade da Minha Terra - Chester
Endereço: 12 Valley PL - 07930 - Chester - NJ - Telefones: 908 507-8608 - URL: www.ctgnj.com - email: rosalia44@aol.com - Patrão / Patroa: Adelino Perin

CTG União de Ideais - Paris-França
Endereço: Maison du Brésil - - Paris-França - Patrão / Patroa: Evaldo Becker

Núcleo Tradicionalista Gaúcho de Danbury, CT - Brookfield
Endereço: 32 Christian Lane - 06804 - Brookfield - CT - Telefones: 203 775-6028 - email: josesarmento@sbcglobal.net - Patrão / Patroa: José Sarmento

Nasce então Uruguaiana...

Poucas cidades no Estado devem seu surgimento aos farroupilhas quanto Uruguaiana. Numa época em que a ocupação da região não passava de algumas fazendas espalhadas pelas grandes extensões de terra, coube ao farroupilha e ministro da Fazenda do governo de Bento Gonçalves, Domingos José de Almeida, a idéia de fundar um povoado estratégico na fronteira com a Argentina.

Ao examinar o local para a instalação do novo povoado, Domingos José de Almeida escreveu, em 1841: "Oferece uma excelente posição militar que para o futuro poderá fazer grande peso na balança política e comercial com nossos vizinhos." Nascido em Diamantina, Minas Gerais, em 1797, Almeida migrou para o Estado ainda jovem, com 22 anos de idade, para conduzir tropas de mula a serem vendidas no centro do país.

Encantado com a terra e a gente do Sul, o mineiro resolveu se instalar na cidade de Pelotas, onde logo abriu um escritório destinado à venda de charque para o centro do país e para o Exterior. Poucos anos depois, tornou-se proprietário de uma pequena charqueada às margens do rio São Gonçalo, o que fez dele um dos cidadãos mais prósperos de Pelotas nessa atividade.

O professor Vanderlei Rodrigues comenta que um dos traços mais característicos de Almeida era sua convicção liberal. "Almeida acompanhava todos os movimentos de cunho liberalista que ocorriam no Brasil", explica o professor. Em 1822, tirou dinheiro do próprio bolso e custeou uma manifestação pública em Pelotas para comemorar a Independência do Brasil.

Além de liberal, Almeida era homem preocupado com a escolaridade da população. Enquanto deputado na Assembléia Provincial, em Pelotas, lançou a campanha de alfabetização da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. O então deputado inconformava-se com o fato de o Paraguai contar com 408 escolas públicas e a província local não ter nenhuma.

Estátua para o homem das carretas
Começa a Revolução Farroupilha e Domingos de Almeida recebe uma tarefa dos amigos: organizar, além do parque bélico farrapo, na cidade de Pelotas, a fábrica de arreamento para a cavalaria. Os exércitos de deslocavam (Piratini, Caçapava, Alegrete), e ele movimentava os arquivos do governo e o seu arsenal pela Campanha gaúcha sempre em carretas.

"Por isso a revolução era chamada de República das Carretas", diz o professor Vanderlei Rodrigues. Em 1840, diante do cerco das milícias imperiais aos farrapos, Almeida determina a criação de uma planta para a nova povoação que viria a ser Uruguaiana. Como ministro da Fazenda da República Riograndense, queria uma vila de apoio ao comércio com Buenos Aires. As forças imperiais haviam conquistado as cidades de Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre, cortando o intercâmbio comercial desses entrepostos com o interior da Província.

Em 1846, Uruguaiana é fundada. Almeida morreu aos 74 anos, em 1859, em Pelotas. Uruguaiana retribuiu seus gestos com uma estátua em praça pública.

21 de ago. de 2010

Chama Crioula 2010

Então aconteceu o evento que marca o inicio dos festejos da semana farroupilha. Sim, o acendimento da Chama Crioula com antecedência de um mês da semana farroupilha é o primeiro passo para a comemoração dos nossos festejos.

Este ano o acendimento da Chama Crioula foi na cidade de Itaqui, fronteira oeste do Rio Grande do Sul. No dia 14 de agosto a comunidade itaquiense e o grande público vindo de todos os cantos para assistir esse feito que eu considero histórico, pode presenciar às margens do rio Uruguai um acendimento de uma chama gerado apatir de quatro centelhas, foram elas: a missioneira, a itaquiense, a argentina e a uruguaia.

Este grande feito representa um laço de união e uma demonstração de que nossa tradição não tem fronteiras, nos revela que a chama que queima nesta pampa é apenas uma e que devemos respeitar e saber distinguir cada dia mais os costumes e valores de um povo.

Tive a honra de poder ajudar a Renita e o Pentiado (grandes responsáveis pelo evento), nos três dias que estive em Itaqui, e por este motivo aqui deixo os meus parabéns aos dois que com ajuda de uma bela equipe de trabalho tão bem conduziram esta festa.

Em 2011 a Chama Crioula será acendida na cidade de Taquara/22ª RT em comemoração aos 50 anos da Carta de Princípios.

16 de ago. de 2010

Simples como uma Prenda e um Peão

Assim são meus amigos Marcelo e Sugley, simples pessoas que hoje carregam os mais altos títulos que um peão e uma prenda possam carregar, a faixa e o crachá de 1º Prenda e Peão da CBTG.




A moça da Amazônia que correu atrás de seus sonhos e hoje chegou a 1ª Prenda da Confederação, a moça que lutou quase que solita para hoje representar o nosso movimento fora e em qualquer canto que seja do nosso país, a moça de olhar sereno, sorriso franco e se me permitir a palavra, a moça que não carrega consigo nenhuma frescura, essa é sim a moça que representa verdadeiramente a prenda gaúcha.

E se você não acreditar em minhas palavras, simplesmente olhe a imagem acima, repare no sorriso caloroso, no vestido simples de corte e cores corretas, no cabelo solto e no rosto quase que sem nenhuma maquiagem. Observe a imagem e note uma ligeira diferença nesta moça, que mesmo sem ser sul rio-grandense é com certeza uma típica representante da mulher gaúcha, ao menos daquela mulher que tanto se busca caracterizar como defensora de seu solo, de sua tradição e de uma história que tanto buscamos em livros e por vezes não ultrapassam os parágrafos literários alcançando as nossas salas de reuniões e de bailes.

E esse rapaz, bueno, o Marcelo é um cara que se eu escrever muito bonito já estaria tirando o que ele tem de melhor e mais puro, qualquer palavra "de domingo" seria o suficiente para encobrir a sua simplicidade e humildade. Um amigo que se abala de Boa Vista por duas vezes até o RS a meu convite, um amigo que não tem tempo ruim, aonde qualquer canto serve, tudo ta bom e que fica maravilhado com qualquer forma e expressão de amizade, qualquer manifestação corriqueira aos nossos olhos já é suficiente para encantar o moço, simples assim como um aperto sincero de mão.

Todos os momentos devem ser registrados com uma fotografia, diz ele, porém não sabe o Marcelo que o orgulho é do Rio Grande em ter alguém com o seu carater defendendo a nossa bandeira Brasil afora, a imagem do homem campeiro esta presente nesse rapaz, no andar, nos gostos e apegos tradicionais, nas longas conversas ocasionais. Simplesmente encontrei em um amigo que mora no outro extremo do país a confiança necessária para abraçar uma causa de parceria e com total certeza seguir fielmente defendendo o nosso tradicionalismo.

Aqui ficam algumas palavras
Para estes dois amigos do peito
Escrevo com muito respeito
Um verso de minha lavra
Simples como essas pessoas
Fica aqui o meu abraço
Nesta singela homenagem
Em mais um texto que faço


4 de ago. de 2010

Prendas e Peões Regionais - 3ª RT


PRENDAS
1ª – VENISSA MASSAIA AGUIRRE
2ª – DIANA JUCIELI RIBEIRO
3ª – LIARA DE OLIVEIRA

PRENDAS JUVENIS

1ª – EDUARDA AMARAL EHLERT
2ª – DARIELI TAIANA CARLSON
3ª – YAÇANA FINGER MARCON

PRENDAS MIRINS
1ª – ANA MARIA KOLLING LAMARQUE
2ª – FERNANDA NASCIMENTO DA SILVA
3ª – IOHANA DELEVATI FERNANDES

PRENDAS DENTE DE LEITE
1ª – RAFAELA PIRES
2ª – MILENA LEIRIA TEIXEIRA
3ª – LAIS VICTORIA KRETSCHIMER

PEÂO FARROUPILHA
LUIS OTAVIO SCARAMUSSA AGUILAR
PEÂO FARROUPILHA DESTAQUE CAMPEIRO
JOÃO HENRIQUE R. SCHULZ
PEÂO FARROUPILHA DESTAQUE ARTISTICO - CULTURAL
JOLZER HECK DA CRUZ

GURI FARROUPILHA
BRUNO DOS SANTOS KAMIEN
GURI FARROUPILHA DESTAQUE CAMPEIRO
ELOI JUNIOR DA SILVA
GURI FARROUPILHA DESTAQUE ARTISTICO CULTURAL
LEONARDO SOARES

PIÁ FARROUPILHA
LEONARDO GUSTAVO FIM ZEMOLIN
PIA FARROUPILHA DESTAQUE CAMPEIRO
LUCAS HENSING BRATZ
PIA FARROUPILHA DESTAQUE ARTISTICO CULTURAL
LISSANDRO AUGUSTIN

PIÁZITO FARROUPILHA
GIORDANO MACIEL DA SILVA
PIAZITO FARROUPILHA DESTAQUE CAMPEIRO
CARLOS EDUARDO CORREA RIBEIRO
PIAZITO FARROUPILHA DESTAQUE ARTISTICO CULTURAL
ADRIANO SÁVIO MENEGUINI FILHO

Zeca Netto

Nasceu no Jaguarão-Chico na sede da estância da família (Rincão dos Netto) no dia 24 de junho de 1854.

Filho de Florisbelo de Souza Netto e Raphaela de Mattos Netto, era trineto de Dionísio Rodrigues Mendes por parte de mãe e também tinha como ancestreal, Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera. Ele trazia em suas raízes genealógicas sangue dos primeiros desbravadores e colonizadores do Brasil.

Dioníso e Jerônimo de Ornelas são considerados os dois primeiros sesmarianos do Rio Grande do Sul. Ao 12 anos, já em Porto Alegre, estudava no Colégio Fernando Ferreira Gomes, onde se encantou com
a história romana e seus feitos militares. Com 18 anos foi morar no Rio de Janeiro, onde ingressou na Escola de Engenharia do Exército, ficando lá por um ano.

Depois voltou para retomar os negócios da família na República Oriental del Uruguay. Antevendo a queda do império, retorna ao Rio Grande do Sul e alinha-se às ações dos republicanos Em 1892 é nomeado delegado de polícia em Camaquã onde depois de 4 meses recebe a patente de Tenente Coronel do Estadio Maior da Guarda Nacional. Na Revolução Federalista de 1893, teve forte atuação na região sudoeste do estado, atritado ambiente político do R.S. devido à constituição estadual extremamente positivista e concentradora de poderes no Executivo, e a forma de Estado do Brasil, o qual, apesar de nominalmente federalista, portava-se como se unitário fosse. Os maragatos, então, pegaram em armas contra os pica-paus. Irrompe a revolução de 1923, Netto alia-se ao movimento sendo o primeiro chefe a levantar-se em armas no sul rompendo-se do PRR - Partido Republicano Riograndese. Em 1924 se exilou no Uruguai, regressando em 1930; inicia a reconstrução de seu bens, depredados em sua ausência. Em 1908, Netto, como homem metódico e empreendedor, mandou vir da Itália algumas famílias da região arrozeira daquele país, afim de iniciar seus empreedimentos de forma racional. Com a experiência da agricultura do velho mundo, implantou a orizicultura sob a forma de parceria nas estâncias Galpões, Coxilha, Barra Grande e Granja Netto. Zeca Netto usou os maiores Cabos-de-Guerra do mundo ocidental como fontes de insipração para seus feitos militares.

Dentre eles estão César, Alexandre, o Grande, e Napoleão Bonaparte. Sua fama logo após a revolução de 1923 era cantanda nos galpões em forma de setilhas (estrofe rara de 7 versos). "Lá de trás daquele cerro Passa boi, passa boiada Também passa o Zeca Netto No seu cavalo tordilho Com o toso a cogotilho Repontando a chimangada Como tropa de novilho." Às sete horas do dia 22 de maio de 1948, na sede da Estância da Chacrá, impropiamente chamada de Forte Zeca Netto, faleceu aos noventas e quatro anos e foi sepultado no cemitério São João Batista em Camaquã, R.S., onde repousa até hoje no mausoléu que mandara fazer em memória de sua filha que falecera anos antes, Anna Theotonia.

O seu passamento teve repercução nacional. Seu maior feito foi militar; a tomada de Pelotas pelas forças maragatas em 29 de outubro de 1923.

A Arte da Declamação

Liliana Cardoso e Romeu Weber, dois grandes declamadores.

De uma forma poética poderíamos dizer que a declamação é a transpiração da poesia. É um ato onde a pessoa que declama externa os sentimentos retidos nos transcritos, levando os ouvintes a vivenciarem o que o poeta quis dizer em seus versos.Segundo algumas orientações do Movimento Tradicionalista Gaúcho, o declamador deve ter uma postura cênica sóbria e sem exageros, inclusive na indumentária. No palco, segundo o poeta Colmar Duarte, o declamador deve portar-se “como quem nada teme, porém a ninguém afronta”.Os gestos devem ser os mais naturais possíveis, como quem conta uma história. A mímica é um recurso auxiliar, não podendo se sobrepor a interpretação vocal.O tom de voz deve ser o tom natural do declamador, pois ao impostar a voz de forma inadequada pode ocorrer como quem canta fora do tom, ou seja, desafinar ou não alcançar determinada inflexão.A dramaticidade é diretamente proporcional ao texto, mas sem “encarnar” o personagem como o ator de teatro. O declamador é apenas o portador da mensagem que o autor traz para os ouvintes. A mensagem deve ser transmitida com a maior sinceridade e convicção possíveis, para que as emoções sejam sentidas por quem assiste. Para isso, não é preciso levar para o palco adagas, borrachões, bandeiras, etc...A diferença entre interpretação teatral e declamação é, portanto, esta: o ator finge ser um personagem, vestindo-se, pensando e agindo como tal. O declamador “conta” a história fazendo o possível para convencer as pessoas de que acredita no que está dizendo.Portanto, não é aconselhável chorar, gritar, exagerar nos gestos ou adereços que não façam parte da indumentária. Segundo José Severo Marques, em declamação todo excesso é pecado.Os julgadores de declamação observam muito os seguintes quesitos: a) Fundamentos da voz (dicção, impostação e inflexão). b) Expressão (facial e gestual). c) Fidelidade ao texto d) Transmissão da mensagem poética.A declamação é uma arte quase que obrigatória nos diversos eventos artísticos do Rio Grande. Em nenhum outro Estado nota-se tamanha dedicação pela declamação. Existem milhares, isto mesmo, milhares de declamadores espalhados aos sete ventos desta velha província de São Pedro. É de prache, nos Centros de Tradições Gaúchas, nos galpões de fazendas, as pessoas receberem seus convidados com belos retrechos de poemas. As prendinhas, os piazitos, desde cedo, vão se embrenhando nestes meandros e, cada qual com seu estilo, retratam histórias, aventuras, ficções, bravuras do povo riograndense, arrancando as mais entusiásticas admirações por serem transmissores do pensamento poético. Em suma, o declamador é a garganta do vate.

Honório Lemes da Silva

Conhecido como "O Leão do Caverá" nasceu em Cachoeira do Sul, RS em 23 de setembro de 1864 e morreu em Santana do Livramento em 30 de setembro de 1930 foi tropeiro e pequeno proprietário pobre e quase analfabeto que, patriota, liberal convicto e admirador de Gaspar da Silveira Martins, ao rebentar a revolução federalista, em 1893,ingressou como simples soldado nas fileiras revolucionárias, chegando ao posto de coronel. Terminada a luta em 1895, voltou a se dedicar às lides campeiras.Em 1923 voltou a pegar em armas, dessa vez para lutar contra a posse de Borges de Medeiros, que havia sido reeleito para o quinto mandato consecutivo no governo gaúcho. Em novembro do ano seguinte voltou a rebelar-se, dessa vez em apoio aos jovens oficiais militares que, liderados por Luis Carlos Prestes, sublevaram unidades do Exército no interior gaúcho contra o governo do presidente Artur Bernardes. Em 1925 foi preso e levado para Porto Alegre, porém, conseguiu fugir e exilou-se na Argentina. Apoiou a candidatura presidencial derrotada de Getúlio Vargas em 1930.Exerceu a profissão de carvoeiro, e deixou sua família na extrema miséria após sua morte, poucos dias antes do início do movimento armado que levaria Vargas à presidência da República.

7 de jul. de 2010

História - Charqueadas

Solar da Baronesa, na cidade de Pelotas, o reduto das charqueadas.

SURGIMENTO E IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

O gado foi a base da economia gaúcha durante um longo período da história do Rio Grande. Introduzido pelos jesuítas, atraiu os tropeiros que vinham de São Paulo e Minas para buscar gado e levá-lo para aquelas províncias. Serviu, também, de esteio para a fixação de habitantes, na medida em que permitiu uma atividade econômica para os estancieiros que aqui se fixaram.

Essa base seria ainda mais consolidada com o surgimento das charqueadas. Elas iriam produzir o charque, um produto que era a base da alimentação de escravos em todo o Brasil. E, com essa produção, trariam riqueza à região de Pelotas, que se tornou uma espécie de "capital cultural" do Estado.

As charqueadas começaram a surgir na região de Pelotas em torno de 1780. Anteriormente, o charque já era produzido no sul do continente, mas de maneira artesanal e em pequena escala. No entanto, uma série de secas sucessivas no Nordeste, onde estava concentrada a maior produção de charque do país, criou uma oportunidade para o produto gaúcho. E o charque começou a ser produzido em maior escala.

OPULÊNCIA

A partir desse momento, a produção de charque se tornou o centro da vida econômica da região de Pelotas. As charqueadas estavam situadas ao longo de rios que facilitavam o transporte para o porto de Rio Grande - de onde o charque seguia para o Rio e outros portos brasileiros. Com o dinheiro gerado por elas, Pelotas se transformou. Essa renda permitiu que surgisse um grupo de famílias ricas e que cultivavam hábitos sofisticados.

Em 1835, Wolfhang Harnish descrevia a cidade de Pelotas como um local de opulência extrema: "... já funcionam 35 charqueadas nos arredores da cidade... A riqueza que trazem é fantástica... Esses milionários pelotenses bem que poderiam ter vivido no Rio ou em Nice ou ainda em Paris, poderiam ter concorrido com os fidalgos russos no luxo e na dissipação de Monte Carlo".

MISÉRIA

A contraparte dessa opulência eram as próprias charqueadas, onde os enormes grupos de escravos eram submetidos a um trabalho exaustivo. E, como estavam reunidos em grupos muito grandes, os senhores adotavam a política de extrema intimidação para mantê-los obedientes. As charqueadas eram verdadeiros "estabelecimentos penitenciários", como bem as descreveu o francês Nicolau Dreyf, no livro "Notícia Descritiva da Provincia de São Pedro do Rio Grande do Sul".

Parte desse tratamento brutal dado aos escravos se devia ao interesse econômico: quanto mais produzissem, mais seus donos lucravam. Outra parte, entretanto, vinha do medo: com uma enorme população escrava, Pelotas era, potencialmente, um foco de rebeliões. Por isso, ao menor sinal de revolta eram tomadas providências drásticas. Para que se tenha uma idéia do tamanho da população escrava de Pelotas: existiam ali, em 1833, 5.169 escravos, 3.555 homens livres e 1.136 libertos.

Não obstante a violência e os métodos relativamente primitivos usados pelas charqueadas da região de Pelotas, elas foram capazes de sobreviver e gerar lucros consideráveis até o final do escravismo. A partir de então, enfrentaram dificuldades cada vez maiores e terminaram por se extinguir.

A CHARQUEADA SANTA RITA NO CAMINHO FARROUPILHA

Às margens do Arroio Pelotas e do Canal São Gonçalo, Pelotas possui um dos mais ricos patrimônios arquitetônicos dos primeiros anos do século XIX, resultado direto da riqueza que a indústria do charque trouxe para a região.

Exatamente por esta riqueza e desenvolvimento comercial, ameaçado pela política do Império brasileiro, que aumentou os impostos sobre as charqueadas e outros produtos da economia rural, é que a cidade teve grande importância na Revolução Farroupilha. Os proprietários das charqueadas aliaram-se aos fazendeiros e lideraram o movimento rebelde.

Uma das maiores batalhas em Pelotas aconteceu em 24 de fevereiro de 1838, quando a tropa Farroupilha atacou os Imperiais no canal São Gonçalo, na tentativa de tomar a região de Pelotas e Rio Grande. A passagem do canal São Gonçalo era de fundamental importância, pela sua rápida ligação com o mar. Entretanto, as canhoneiras imperiais foram para o meio do canal, onde ficavam fora do alcance dos tiros. Bem posicionados, abriram fogo. O bombardeio durou quase 4 horas, do meio da tarde até o anoitecer. Com muitas perdas os Farrapos recuaram.

A cidade permaneceu fiel ao Império, embora tenha sido invadida pelos farroupilhas duas vezes. Mas de seu comércio e de sua sociedade saíram homens e dinheiro para engrossar e sustentar as tropas do General Bento Gonçalves.

Domingos José de Almeida, charqueador, intelectual, e homem de negócios pelotense foi o principal ideólogo do movimento revolucionário. Após a proclamação da República Rio-grandense foi seu ministro da Fazenda. Mineiro, nascido em 1797, veio ao Rio grande do Sul em 1819 para reunir tropas de mulas e levá-las até Sorocaba, mas acabou se estabelecendo em Pelotas. Empresário bem sucedido, além de dono de uma companhia de navegação com veleiros que transportavam produtos para as províncias do norte, tornou-se o mais próspero entre os charqueadores.

Sua charqueada era considerada um modelo de organização. Culto, sua biblioteca era a mais completa do Rio Grande do Sul. Lia livros originais em francês e inglês. Também guerreiro de coragem, ascendeu de major a coronel da Guarda Nacional. Quando a guerra estava sendo preparada, era Deputado da primeira Assembléia Provincial.

Foi, junto com Pedro Boticário, um dos mais intransigentes na deposição de Fernandes Braga e na tentativa de impedir a posse de José de Araújo Ribeiro. Ainda, foi um dos que convenceu Antônio de Souza Netto a proclamar a República, em 11 de setembro de 1836. Junto com Gomes Jardim, assinou um decreto que criou a bandeira oficial Farroupilha. Em 1838 se empenha na compra de uma tipografia, colocando o jornalista italiano, Luigi Rosseti, como editor de "O Povo".

Também da riqueza de Domingos José de Almeida e da sua senzala, onde moravam centenas de escravos, nasceu um dos corpos de combatentes mais destacados da Revolução Farroupilha, os "Lanceiros Negros", que foram liderados pelo coronel Teixeira Nunes.

Domingos José de Almeida era casado com Bernardina Barcellos de Lima, filha de Bernardino Rodrigues Barcellos, que por sua vez era irmão de Inácio Rodrigues Barcellos (proprietário da Charqueada Santa Rita), e de Cipriano, Boaventura e Luís Rodrigues Barcellos.

A família Rodrigues Barcellos foi proprietária do maior número de charqueadas situadas às margens do Arroio Pelotas. Farroupilhas convictos, em novembro de 1835, os irmãos Barcellos chegaram a oferecer um baile no solar de Boaventura, no centro de Pelotas, uma semana após o desembarque de José de Araújo Ribeiro (que estava para ser nomeado presidente da Província Rio-grandense, nomeado pelo Padre Diogo Feijó) com o intuito de facilitar o entendimento inicial entre o líder dos Farrapos, General Bento Gonçalves, e o novo presidente. Apesar da iniciativa dos irmãos Barcellos, os líderes não se entenderam, e o resultado mostrou-se bastante sangrento.

Hoje, ao visitar as antigas charqueadas de Pelotas e caminhar pelas ruas do centro da cidade, entre os prédios da época, não é difícil imaginar que naqueles sobrados, naquelas salas, os prósperos homens do comércio e do campo se reuniam para conspirar nos primeiros anos da década de 1830.

Comando dos Cavaleiros do Mercosul

Tomou posse na noite da última terça-feira (06/07) a nova Patronagem do Grupo Cultural e Tradicionalista Cavaleiros do Mercosul, tendo a frente o tradicionalista Carlos Menegol, para o biênio 2010/2011. O Grupo, fundado em 1995 teve sempre como principal objetivo divulgar a rota do Mercosul que liga Buenos Aires a São Paulo pelo Interior. Além das duas capitais, visitadas a cavalo, sempre saindo de Passo Fundo, o grupo também cavalgou até Santiago e Viña del Mar no Chile, entre outras cavalgadas menores que já totalizam mais de 11 mil kilometros.

O maior desafio para o Comandante Carlos e demais membros, para este ano, é levar a cabo a quinta encenação da Batalha do Pulador, programada para 23 e 24 de Outubro, a mais sangrenta batalha campal realizada no Brasil. O Grupo sempre participa com destaque na Semana Farroupilha, seja na Mostra da Cultura Gaúcha como no desfile do 20 de Setembro.

Como meta o Grupo sempre procurou resgatar os fatos históricos, e também fazer história, porque fincam o pé nos exemplos do passado, o fazem ressuscitar no presente, uma garantia para futuro, pois, os Cavaleiros do Mercosul, continuarão fazendo acontecer, porque: constroem a história moderna, que escrevem na avenida ou nas estradas do Sul da América, levando a esperança nas patas dos seus cavalos, com intuito maior de servir Passo Fundo, o Rio Grande do Sul e o Brasil.

Segue nominata do comando do grupo:

CMT : Carlos Eli Menegol
SUB : Davis Souza
Coordenador de Cavalgadas: Teomar Elis Xavier Menegol
Tesoureira: Leocadia Pires
Secretario: Renato Strider

5ª RT - Fase Regional


A Fase regional do Entrevero Cultural de Peões e Guris e da Ciranda Cultural de Prendas, da 5ª Região Tradicionalista, aconteceu na cidade de Santa Cruz do Sul, no dia 26 de junho de 2010.

Tivemos concorrentes em todas as categorias, desde piazito e prendinha, até xirú e chinoca. O nível das apresentações artísticas foi muito forte, tanto como na campeira.

Os representantes da 5ª Região Tradicionalista na gestão 2010/2011 são:

1ª Prenda Mirim - Kendra Norma Schaefer - CTG Carreteiros da Saudade
2ª Prenda Mirim - Milena da Silva Tatsch - CTG lanceiros de Santa Cruz
3ª Prenda Mirim - Vitória Jacques da Silveira - CTG Sinuelo da Liberdade

1ª Prenda Juvenil - Evelin Pereira de Borba - CTG Rincão da Alegria
2ª Prenda Juvenil - Camilla Eidt Schiedeck - CTG Carreteiros da Saudade

1ª Prenda Adulta - Muriel Machado Lopes - PL Delfino Carvalho

Peão Farroupilha - Luinny Rael Damé - CTG Sinuelo da Liberdade

Guri Farroupilha - Gabriel Antõnio Vieira - DTG Associação Atlética Souza Cruz
Guri Destaque Campeiro - Oeslei Samuel Hirsch - CTG Tropeiro Velho

Piazito - Murilo Guerreiro de Souza - CTG Carreteiros da Saudade

Prendinha
Sindyane Machado de Souza - CTG Carreteiros da Saudade
Daniela Lucas Brocardo - CTG Sinuelo da Liberdade

1° Piá - Pedro Arthur da Silva - CTG lanceiros de Santa Cruz
Piá Destaque Campeiro - Gabriel Rael Teixeira - CTG Sinuelo da liberdade
Piá Destaque Artístico - Cezar Alejandro Hettwer Couto - PL Delfino Carvalho

Xirú - Cristiano Barcelos de Souza - CTG Carreteiros da Saudade

Chinoca - Silvana Machado de Souza - CTG Carreteiros da Saudade

Fonte: Douglas Diehl Dias

3 de jul. de 2010

A Questão: Festejos Farroupilhas de POA

Eu como tradicionalista e representante desse movivento gaúcho me sinto bastante desconfortável com a situação política que se estabelece nos vários setores e formas de administração de determinados eventos. Ao que me parece as intenções são sempre as melhores possíveis, agora, isso depende do ponto de vista.

Tenho recebido cada vez mais anúncios e mensagens de críticas a atual diretoria de MTG/RS e ainda aos atos que se consolidam em torno de anos de administração. Também recorrendo a informações e tendo consciência de que nem tudo esta bem explicado me coloco em situação de expectador e motivador para que estes empecilhos sejam resolvidos e se esclareça a atual situação.

O texto a seguir foi retirado do blog Roda de Chimarrão. Aconselho a quem ler este para que busque a informação e ai sim forma uma opinião.

Curioso o texto do presidente do IGTF, Manoelito Savaris, publicado pelo blog do MTG. No artigo, ele critica o que considera “interesses políticos” nos questionamentos que tem sido feitos pela câmara em relação a prestação de contas de 2009. Vale lembrar que Manoelito, bem como seu aliado Oscar Gress, se valeram de indicações políticas para obter cargos na Assembléia Legislativa. Manoelito, aliás, está na presidência do IGTF graças a uma indicação política (e não há nada de errado nisso). Isso sem falar de políticos que foram nomeados como conselheiros beneméritos do MTG. Confira um trecho do artigo de Savaris:

A impressão que tenho é que o evento é menos importante do que encontrar falhas e eventuais erros por quem o realiza. Há muitos interesses políticos que estão por trás disso tudo. Infelizmente alguns “se dizentes” tradicionalistas alimentam, instigam e contribuem para que outros, inimigos de plantão, façam um “carnaval” em cima de um evento que cresceu e se tornou o maior de Porto Alegre graças ao trabalho abnegado e gracioso de homens e mulheres tradicionalistas. Quem construiu esse evento não foram os políticos. Foram os tradicionalistas. (Clique aqui para ler o artigo completo).

Definitivamente, o tradicionalismo ainda não está acostumado ao controle externo, sempre saudável e necessário a qualquer atividade subsidiada por recursos públicos.

Manoelito, aliás, foi nomeado pelo prefeito José Fortunati (PDT) como um dos integrantes da Comissão Municipal dos Festejos Farroupilhas, na condição de representante do IGTF. Semanas atrás, ele foi destituído do cargo de presidente da Comissão Estadual, da qual continua fazendo parte apenas como membro.

Liderados pelo vereador Bernardino Vencrúscolo (PMDB), parlamentares municipais seguem debatendo a contabilidade das festividades, no ano passado. E um pedido de abertura da CPI não está descartado.

Na trilha dos RODEIOS

É dia 24 e 25 de julho. Isso mesmo, mês de julho tem a 5ª etapa classificatória do MTG-PR, e o CTG Recordando os Pagos de Francisco Beltrão/PR vai receber a comunidade tradicionalista em mais uma belíssima festa.



Não fique de fora dessa integração, você é o principal ator desse palco.